O futuro do gerenciamento da força de trabalho além do Covid-19

Proteção da força de trabalhoArtigo22 de junho de 2020

Uma análise completa de como o gerenciamento da força de trabalho mudará na era pós-crise do Covid-19.

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A resposta mundial à Covid-19 levou à transformação mais rápida do local de trabalho. Trabalhar em casa tornou-se o novo normal.

Deixamos de digitalizar o relacionamento entre empresa e cliente para digitalizar o relacionamento entre empregador e funcionário. Fomos catapultados entre 5 e 10 anos para o futuro, acompanhando tendências rapidamente, como automação, digitalização e inovação.

As empresas que capitalizam oportunidades pós-Covid estarão em boa posição para reter seus talentos e atrair pessoas quando a situação se estabilizar.
Empresas que não podem mudar ficarão para trás, expondo seus funcionários a um risco maior de dificuldades financeiras e físicas, enfrentando demissões e fechamentos.

Requalificação rápida

A melhor forma de equipar as pessoas para lidar com um ambiente em constante mudança – às vezes de forma abrupta – é apoiar os funcionários no desenvolvimento de uma mentalidade de aprendizado.

A rápida adoção de tecnologias novas e avançadas significará uma maior necessidade requalificação e qualificações adicionais. Também é provável que leve à maior rapidez na criação de novas funções.

Às vezes, alterações na carga de trabalho resultam em desequilíbrio na alocação de recursos. Na Zurich, estamos pensando na requalificação e qualificações adicionais que poderiam ajudar a movimentar as pessoas de uma área da empresa para outra.

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O futuro econômico e o impacto do Covid-19 também afetam diretamente a sustentabilidade e responsabilidade, principalmente quando se trata de empregos para os jovens. Após a última crise financeira, alguns países viram gerações inteiras enfrentarem um futuro com muito menos oportunidades. Os governos estão preocupados com a disparada do desemprego entre os jovens, já que muitas funções afetadas pelo Covid-19 são ocupadas por pessoas mais jovens.

O Relatório do Panorama dos Riscos do COVID-19 publicado pelo Fórum Econômico Mundial, em colaboração com a Zurich, constatou que 49,3% dos especialistas sênior em risco acreditam que altos níveis de desemprego estrutural, especialmente entre os jovens, são a consequência mais provável da pandemia. Na Zurich, usaremos nossas habilidades e conhecimentos institucionais para ajudar a treinar e aperfeiçoar nossas contratações mais jovens.

Mudanças nas competências de liderança e gestão

A crise do Covid-19 abalou indústrias e economias no mundo todo, mas seu real impacto foi sobre as pessoas. Uma época de medo e incerteza foi agravada por uma rotina totalmente nova – em que todos aqueles que puderem devem trabalhar em casa. E a liderança é a base de tudo. Não há um plano para o que enfrentamos, e os líderes empresariais em todo o mundo vêm mudando suas estratégias para acompanhar.

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Em conjunto com habilidades digitais e uma infraestrutura aprimorada, é preciso que a cultura corporativa e as habilidades de liderança se concentrem na empatia e bem-estar dos funcionários, à medida que transformações e interrupções se tornam o novo normal.ultura de confiança, transparência e abertura

Esse período exige que todos sejamos solidários diante da incerteza. Há menos controle e mais confiança. Nosso pessoal está aprendendo a trabalhar de forma diferente e com muito menos supervisão: aprendendo o que funciona e o que não funciona em casa, maneiras virtuais de trabalhar e fazendo reuniões virtuais que poderiam ser usadas antes – mas nunca em tal extensão.

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Em meio ao distanciamento social e físico, muitos de nós estão, na verdade, se aproximando. Estamos formando equipes mais adaptáveis, que podem trabalhar em conjunto remotamente. Estamos nos comunicando de forma mais consistente e isso se tornou um momento de conexão. Estamos “conectados com um propósito” e unidos como comunidade.

Bem-estar

A pandemia (e o confinamento) está pressionando nossos funcionários de formas que testam não apenas seu bem-estar e vida privada, mas também nossa sociedade como um todo. A Organização Mundial da Saúde descobriu recentemente que 45% dos profissionais de saúde na China sofrem de ansiedade, enquanto a prevalência de depressão na Etiópia triplicou somente em abril. Isso nos dá autorização e oportunidade para expandirmos nossa oferta de saúde mental, como a terapia.
Muitas empresas reequilibram suas prioridades, para que a resiliência (ambiental, social e de governança) se torne tão importante para seu pensamento estratégico quanto o custo e a eficiência.

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Muito antes do Covid-19, percebemos que há diversos desafios no local e no ambiente de trabalho. Por isso, A Zurich desenvolveu uma estrutura de Bem-Estar Global. Ela se estende por todo o Grupo, com orientação global e implementação local, para atender às diferentes necessidades de nosso pessoal. A estrutura tem base em quatro pilares: Bem-estar Mental, Social, Físico e Financeiro.

Muitos dos programas atuais também são relevantes na situação do Covid-19. Em particular, os que visam dar apoio à saúde mental.

A Fundação Z Zurich fomenta programas de caridade em comunidades no mundo todo, para fornecer às pessoas as ferramentas e os recursos para gerenciar melhor seu bem-estar mental. Os exemplos incluem o Tackle Your Feelings (Aceite seus Sentimentos) na Irlanda e Austrália, em que estrelas do esporte reforçam a mensagem “tudo bem não estar bem”.

Trabalhando com mais agilidade

Não há precedentes para um grande grupo de pessoas, em todo o mundo, começar a trabalhar remotamente ao mesmo tempo. Isso mostrou a rapidez com que conseguimos nos adaptar e demonstra que podemos nos mover mais rápido e adotarmos ações mais ágeis.

Os líderes empresariais agora têm uma ideia melhor do que pode ou não pode ser feito fora dos processos tradicionais de suas empresas. Eles estão começando a valorizar a velocidade com que suas organizações conseguem se movimentar. Em resumo, o Covid-19 está forçando o ritmo e a escala da inovação no local de trabalho. Muitos estão encontrando maneiras mais simples, baratas e rápidas de operar.

Tudo isso aponta para nossa capacidade intrínseca de mudar.

Conclusão

Qualquer crise tem ameaças inerentes, mas também cria oportunidades.

Há uma oportunidade real para nos afastarmos de abordagens fixas e soluções padronizadas. O Covid-19 será um catalisador para reinventar o futuro do trabalho e gerar oportunidades para que as empresas vejam de forma diferente.
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Nossa capacidade de reconhecer e equipar de forma proativa nossas equipes, não apenas com recursos físicos, mas também com habilidades, mentalidades, comportamentos e valores, será fundamental para garantir uma melhor recuperação.

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