Relatório de Riscos Globais 2021

Riscos e resiliênciaArtigo21 de janeiro de 2021

O COVID-19 mudou o cenário dos riscos globais. Alguns riscos foram reavaliados, novos riscos surgiram e outros foram intensificados.

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De acordo com o Relatório de Riscos Globais 2021:

  • O COVID-19 pode aumentar a lacuna entre aqueles que "têm mais" e aqueles que "têm menos", fazendo com que bilhões de pessoas percam novas oportunidades
  • A pandemia revelou uma divisão digital, uma vez que nos vimos forçados a trabalhar, estudar, nos comunicar e acessar serviços de saúde e financeiros somente online.
  • Os riscos ambientais continuam sendo uma ameaça, pois foram os principais riscos levantados por probabilidade e impacto na pesquisa deste ano.

O impacto do COVID-19 significa que o Relatório de Riscos Globais 2021 é um dos mais importantes desde sua concepção, em 2006. A pandemia alterou radicalmente o cenário de riscos globais. As disparidades e riscos sociais atuais em termos de saúde, tecnologia e oportunidades profissionais foram intensificados.

Essa situação nos obrigou a trabalhar, estudar, nos comunicar e acessar serviços de saúde e financeiros através de interfaces digitais. Também revelou disparidades digitais e nos deixou mais expostos a ataques cibernéticos.

A lacuna entre aqueles que "têm mais" e aqueles que "têm menos", entre países e dentro de seus próprios territórios, podem fazer com que bilhões de pessoas percam novas oportunidades. Particularmente, os mais jovens serão os mais expostos aos efeitos da segunda grande crise global em uma década.

Ainda assim, apesar do impacto da pandemia, os riscos ambientais continuam sendo as principais ameaças por probabilidade e impacto na próxima década.

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Pela primeira vez, o relatório também classifica os riscos de acordo com o momento em que os entrevistados os percebem como graves ameaças mundiais. Ameaças de curto prazo (de 0 a 2 anos) representam preocupação com o impacto imediato da crise na vida das pessoas e meios de subsistência — entre elas doenças infecciosas, crises de subsistência, desigualdade digital e desilusão dos mais jovens.

No médio prazo (de 3 a 5 anos), os entrevistados acreditam que o mundo será ameaçado por riscos econômicos e tecnológicos, podendo levar alguns anos para se cristalizar, tais como estouro de bolhas de ativos, quebra de infraestrutura de TI, instabilidade de preços e crises com dívida. Já os riscos existenciais - armas de destruição em massa, colapso do Estado, perda de biodiversidade e avanços tecnológicos adversos - dominam as preocupações de longo prazo (de 5 a 10 anos).

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Em última análise, a crise do COVID-19 foi um teste de resistência de nossa capacidade coletiva em reagir a choques globais. O Relatório de Riscos Globais 2021 analisa a resiliência global em seu capítulo de apresentação, trazendo lições aprendidas para ajudar países, empresas e a comunidade internacional a agir, ao invés de somente reagir, diante de riscos cruzados. Essas lições incluem a formulação de estruturas analíticas, promoção de campeões contra o risco, conquista de confiança por meio de comunicação clara e consistente e criação de novas formas de parceria.