Na luta para salvar o planeta, Al Gore tem um aliado imbatível
Riscos e resiliênciaArtigo13 de maio de 2021
E as pessoas estão começando a prestar atenção aos seus avisos
Por Alice Baghdjian
Em sua batalha para convencer as pessoas sobre a gravidade da crise climática, o ex-vice-presidente americano Al Gore pode contar com um aliado que supera qualquer outro: A Natureza.
Os recordes de furacões, os incêndios florestais que atingiram e até mesmo enxames de gafanhotos e ratos - apresentados no noticiário nos últimos 18 meses - fizeram com que as realidades da mudança climática surgissem nas telas de televisão e em nossas vidas. Essas mudanças estão tendo um papel muito importante. Os políticos e líderes das maiores empresas estão sendo “coagidos” a começar a tomar medidas decisivas sobre a mudança climática, declarou Al Gore.
“É como se fosse a natureza no Apocalipse”, disse Al Gore à Francine Lacqua da Bloomberg TV em um episódio da série de entrevistas Leaders with Lacqua Goes Green. “Em diversos lugares, houve chuvas e enchentes em escala bíblica com deslizamentos de terra e deixando pessoas desabrigadas - e o povo está vendo isso no noticiário ”.
“Estamos percebendo que os impactos da crise climática estão cada vez mais frequentes e mais negativos”, disse Gore. “Isso aconteceu em todo o mundo e acho que chamou a atenção das pessoas”.
Á medida que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática COP 26 se aproxima, e mais empresas e países se comprometem a reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o interesse em desenvolver soluções para evitar a ameaça da crise climática está aumentando entre os setores público e privado.
Belinda Bates, Consultora Sênior de Riscos sobre Mudança Climática do Zurich Insurance Group (Zurich), sabe muito bem que a mudança climática é um dos riscos mais graves e complexos que a sociedade enfrenta hoje.
“Como seguradora, a Zurich está na linha de frente da mudança climática”, disse Belinda. “Estamos vendo em primeira mão o impacto sobre as operações de nossos clientes e os riscos futuros para a sociedade se nenhuma ação for tomada para combatê-la”.
Belinda faz parte do Serviço de Resiliência às Mudanças Climáticas (CCRS, em inglês) de Zurique, que apoia as empresas a resistirem aos impactos das mudanças climáticas, desde as inundações das fábricas até a interrupção das cadeias de abastecimento.
Lançado em 2020 e hoje fazendo parte das Soluções de Resiliência da Zurich, o CCRS tem como objetivo fornecer aos clientes percepções e soluções sob medida para ajudá-los a identificar, avaliar, mitigar e adaptarem-se à evolução dos riscos da mudança climática, tais como eventos climáticos extremos. Cada vez mais os serviços que a CCRS oferece são solicitados.
“Cada vez mais os clientes estão solicitando nossa experiência e soluções para ajudá-los a caminhar de forma mais eficiente neste cenário crescente de risco”, acrescenta Belinda.
Compromissos climáticos
O CCRS também reflete uma mudança mais ampla no papel das seguradoras na sociedade. Esse papel vai além da tradicional transferência de riscos e inclui a oferta de serviços para primeiramente ajudar a reduzir ou eliminar os riscos. E isso inclui o risco da mudança climática.
O CCRS também reflete uma mudança mais ampla no papel das seguradoras na sociedade. Esse papel vai além da tradicional transferência de riscos e inclui a oferta de serviços para primeiramente ajudar a reduzir ou eliminar os riscos. E isso inclui o risco da mudança climática.
“Nossos clientes e suas comunidades querem evitar as perturbações e perdas causadas por eventos relacionados à mudança climática - e nós também”, explica Linda Freiner, Chefe de Sustentabilidade do Grupo Zurich. “Essa é uma das razões do compromisso permanente da Zurich de enfrentar a mudança climática de forma transparente e responsável em todos os nossos negócios”.
A Zurich está empenhada em utilizar todas as possibilidades à sua disposição - investimentos, operações e produtos e serviços - para apoiar um futuro em que o aumento da temperatura global seja limitado a 1,5°C, conforme previsto no Acordo de Paris de 2015.
Em março de 2020, a Zurich anunciou metas provisórias para reduzir a intensidade de carbono de certos investimentos em sua carteira e disse que usaria de sua influência como investidora e seguradora para incentivar as empresas e clientes investidores a estabelecerem suas próprias metas. Estes compromissos aumentam a credibilidade de sustentabilidade já existentes na Zurich: suas operações têm sido neutras em relação ao clima desde 2014 e a Zurich foi membro fundador da UN Net-Zero Asset Owner Alliance em 2019. A Zurich também foi nomeada líder da indústria de seguros no Índice Dow Jones de Sustentabilidade 2020 (DJSI, em inglês), que classifica as empresas com base em seu desempenho de sustentabilidade.
“Revolução da sustentabilidade”.
A crescente necessidade de evitar a mudança climática está estimulando uma “revolução sustentável”, disse Al Gore, comparável em magnitude à revolução industrial dos séculos XVIII e XIX.
Seja dirigindo carros elétricos ou gerando energia renovável, cortar as emissões usando novas tecnologias requer soluções de seguro inovadoras para ajudar a gerenciar os riscos. A Zurich está se aprofundando para ajudar na transição para uma economia com emissões líquidas zero, desenvolvendo soluções de seguro sustentáveis, por exemplo, oferecendo cobertura para veículos elétricos e recompensando os clientes de varejo por utilizarem menos seus carros.
Quase 15 anos se passaram desde que Al Gore chamou a atenção para o aquecimento global no documentário vencedor do Oscar Uma Verdade Inconveniente, e passou ainda mais tempo desde a realização das primeiras audiências no Congresso americano sobre mudanças climáticas nos EUA nos anos 70. Apesar dos danos, ele acredita que ainda não é tarde para agir em relação à mudança climática e evitar os danos mais catastróficos.
“Na verdade, estou muito otimista de que finalmente estamos chegando no momento em que as mudanças políticas devem ser feitas”, diz Gore. “Temos um longo caminho a percorrer, mas estamos empolgados e nunca estive mais otimista do que hoje em dia”.